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18/02/2008

Meu pet exótico

Cobras, lagartos, aves coloridas estão cada vez mais substituindo cães e gatos de estimação.
Qual a graça em manter uma jibóia como animal de estimação? Como interagir com uma iguana? A resposta pode ser dada por qualquer proprietário de animal silvestre ou exótico.

Ter um desses como animal de estimação é uma escolha que vem se tornando cada vez mais comum, inclusive entre as crianças. O diferencial - ou seja, não é cachorro, nem gato - é o que chama a atenção, garantem os criadores.

Qualquer pessoa pode ter um animal silvestre - que pertence à fauna brasileira - ou exótico - importadas - em casa, desde que o animal tenha procedência legal, seja comprado em casas especializadas, com certificado de origem e numeração colocada no corpo em forma de plaqueta.

Não compre esses animais em feiras ou nas estradas. Além de ser crime, o tráfico de animais é cruel, pois a grande maioria deles é separada dos pais e morre por maus-tratos.
Segundo o médico veterinário Thiago Navarro Vilalta, o acompanhamento de um profissional pode aumentar a segurança da compra, um item importante, pois esses animais costumam custar caro.

Embora o fascínio por cobras e lagartos seja grande e tenha muitos adeptos, as aves continuam sendo a estimação preferida e mais procurada, principalmente por oferecerem uma melhor oportunidade de convivência e interação com pessoas de todas as idades. As kalopsitas são as preferidas e podem custar até R$ 200, a não ser que tenham alguma particularidade. O loris australiano e o agapornis são coloridos e dóceis, gostam de brincar, dançar, conversar e chegam a R$ 2 mil.

Thiago esclarece que as aves exóticas geralmente têm coloração mais exuberante que as silvestres, que costumam ser em tons de verde, embora a maior diversidade de aves esteja no Brasil.

Na hora de comprar, aves com penas arrepiadas, olhar triste, mancando e com bico quebrado, devem ser evitadas. "Seja o animal que for, é recomendável observar seu vigor, se está bem disposto", disse o médico. A mesma observação deve ser feita com roedores.

Essa avaliação fica mais difícil se o animal em questão é um reptil. Por isso a importância da quarentena, 40 dias de observação. "Quando o animal muda de lugar, pode apresentar uma queda de resistência natural e é nesse período que se manifesta qualquer problema. Outra alternativa é levar para que o veterinário colete exames e avalie as condições", disse.

Vida em casa
Como qualquer animal, os exóticos ou silvestres também exigem cuidados especiais no manejo e alimentação. Isso pode contribuir para o aumento da expectativa de vida do bicho.

O primeiro cuidado é com o lugar de vivência, que precisa ser adequado o mais próximo possível do habitat natural da estimação. O controle da temperatura e da umidade têm que ser observados. Para as aves, ambientes quentes são inadequados, já que suas temperaturas corporais são mais elevadas. Ao contrário, os répteis precisam do calor ambiente, que pode ser reproduzido com uma lâmpada, pedra aquecida ou pelo sol da manhã.

Água limpa e fresca, trocada pelo menos uma vez ao dia, é fundamental. Se for um reptil, é preferível utilizar água corrente. "Os répteis fazem cocô na mesma água que bebem, por isso ela tem que estar sempre fresca e limpa", comentou Thiago.
A alimentação adequada a cada espécie também faz diferença e pode ser encontrada nas casas especializadas ou pet shops. Para as aves, por exemplo, as sementes são "grandes vilãs da alimentação", como afirma o veterinário piracicabano.

Giardíase e coccidiose são exemplos de doenças transmitidas por animais silvestres e exóticos. O médico Thiago orienta que o proprietário sempre mantenha seus animais vermifugados, de preferência a cada três meses, e observe o período das vacinas, quando necessárias. "É bom lembrar que, assim como ter um cão, possuir um animal exótico significa ter responsabilidade e mantê-lo de forma saudável, o que implica em gastos por muitos anos", ressaltou.
Para se ter uma idéia, uma iguana pode durar 25 anos; um ferret (furão) chega a nove anos; um hamster, dois anos; um loris australiano chega aos 20 anos; um papagaio vive até 60 anos; uma arara, pode viver 80 anos.

DANIELE RICCI
Fonte: Gazeta de Piracicaba

Um comentário:

Rodrigo disse...

Deve ser bacana ter um desses bichos exóticos, mas não há nada como a alegria e a amizade que um cãozinho pode nos trazer! =)