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11/01/2008

Saiba como prevenir as doenças mais comuns entre cães e gatos

Veterinários aconselham acompanhamento médico e vacinação para prevenir doenças

Uma pesquisa realizada pela ONG Arca Brasil, em parceria com o Hospital Veterinário da Universidade Anhembi Morumbi, identificou as cinco doenças e problemas de saúde mais comuns entre cães e gatos.

São elas: doenças infectocontagiosas, doenças alérgicas, doenças do metabolismo, problemas articulares e traumas causados por atropelamentos ou brigas. O G1 conversou com especialistas que passaram dicas sobre tratamento e prevenção desses problemas.

Para o presidente da ONG Arca Brasil, Marco Ciampi, a conscientização dos donos é fundamental no tratamento dos animais. “Quando iniciamos o contato com hospitais, percebemos que existem doenças freqüentes e que a prevenção e tratamento dependem, em sua maioria, de maior atenção do dono”, afirma. Ele diz que o problema mais alarmante está relacionado à falta de vacinação dos cães e gatos.

A veterinária Mirela Tinucci, professora da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), ensina aos donos e criadores de animais a identificar as doenças de maior incidência e a cuidar dos cães e gatos.

Doenças Infectocontagiosas
Segundo Mirela, esse tipo de doença é muito comum e é altamente transmissível. Entre as doenças que registram maior número de casos estão a cinomose, a parvovirose e a leptospirose, essa última principalmente em épocas de chuvas. Cinomose: é uma doença transmitida por vírus e aparece apenas em cães. A infecção pode se dar por via digestiva ou respiratória. Em caso de contágio, o cão pode ter conjuntivite e ficar com febre alta. Depois de alguns dias, o animal pode apresentar quadro de diarréia e a contração involuntária de qualquer ramo muscular do corpo (semelhante ao que chamamos de “tique”). A prevenção é feita por meio de vacinas que o cão deve tomar durante toda a vida. O tratamento para animais infectados é complexo e nem sempre apresenta um resultado satisfatório. Por tratar-se de uma doença que atinge vários órgãos, a cinomose pode deixar seqüelas ou matar o cão. Parvovirose: também é transmitida por vírus e é mais comum em filhotes. A doença é transmitida por via oral e inalatória, por meio do contato com material fecal de algum animal contaminado. A parvovirose causa vômitos e diarréias hemorrágicas no animal e pode ter conseqüências sérias por conta da desidratação. O tratamento requer internação e medicação. O animal costuma responder bem ao tratamento, mas, em caso de ser contaminado ainda muito novo, a doença pode prejudicar seu desenvolvimento. Leptospirose: transmitida por ratos e camundongos, a leptospirose é preocupante também porque o cão ou gato contaminado pode contaminar seu ambiente e seu dono. Para evitar a doença, é recomendado não deixar a comida do animal exposta e trocar a água todos os dias. As vacinas também são importantes, mas como não têm duração de 12 meses como as outras, é preciso aplicá-la no animal de seis em seis meses. O tratamento depende do estágio da doença, mas requer terapia com antibióticos e internação para evitar transmissão.

Doença alérgica
Picada de pulga: a doença é transmitida não pelo número de pulgas que picam o animal, mas pela sensibilidade do animal à pulga (alguns cães e gatos podem ser alérgicos à saliva do inseto). O cão doente apresenta lesões em formato de triângulo na região dorsal do corpo, além de coceira. No caso dos gatos, a lesão triangular aparece também no pescoço.Para iniciar o tratamento, é preciso controlar a infestação no animal e no ambiente. Além disso, uma medicação com antialérgico deve ser indicada pelo veterinário do animal. Para prevenir a doença, é recomendado o uso de repelentes, mas sempre com cautela e com indicação do veterinário para evitar intoxicação.

Doenças de metabolismo
As doenças de metabolismo podem ser causadas por tendências genéticas ou por algum estímulo do dia-a-dia do animal como uma alimentação não balanceada e falta de exercícios físicos. Diabetes: cada vez mais comum entre cães e gatos, a diabetes em animais causa, geralmente, a dependência de aplicações diárias de insulina, em doses estipuladas pelo veterinário do animal. Tanto em caso de tendência genética, quanto em caso de problemas com má alimentação, a diabetes exige do proprietário do animal muita dedicação. É preciso colocar em prática a determinação exata do veterinário a respeito da dose e dos horários em que a insulina deve ser aplicada no animal. Obesidade: A obesidade também pode ser causada por fatores genéticos ou por falta de exercícios físicos e alimentação não balanceada. Nesse caso, uma boa dieta, servida sempre nos mesmos horários, e conjugada com exercícios físicos regulares, são a forma de prevenir e tratar a obesidade no animal.

Problemas articulares
Displasias e artroses: A displasia e a artrose são doenças articulares geralmente genéticas e agravadas pelo sobrepeso e pela idade do animal. Ambas podem aparecer em diferentes graus de gravidade e reduzem a possibilidade de movimentação do cão ou gato afetado. Problemas articulares não podem ser curados e seu tratamento consiste principalmente no alívio da dor do animal e na realização de cirurgias, na tentativa de favorecer sua movimentação. Medicamentos com substâncias que reforçam a cartilagem óssea também são recomendados, mas sempre na dosagem estabelecida pelo veterinário do animal.

Traumas
Atropelamentos ou brigas: casos de lesões causadas por atropelamentos e brigas são muito comuns entre cães e gatos. Na maior parte das vezes, o tratamento para essas lesões é feito por meio de pequenas cirurgias, em que o animal precisa colocar pinos e placas no membro lesionado. O cuidado com alimentação e a recuperação dos movimentos do animal, no momento posterior à cirurgia, é fundamental e exige dedicação e paciência de seu dono.

do G1

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