Macacos machos pagam por sexo ao cuidar da beleza das fêmas, de acordo com um recente estudo que sugere que os primatas podem tratar o sexo como um bem de consumo.
"Nas sociedades primatas, cuidar da aparência está por trás de tudo", diz Michael Gumert, primatologista da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, durante uma entrevista por telefone. "É um sinal de amizade e de laços famíliares, e também é algo que pode ser trocado por serviços sexuais", diz ele.
Os achados de Gumert, relatados na revista especializada "New Scientist" da semana passada, resultaram em observações que duraram 20 meses de cerca de 50 macacos de rabo comprido em uma reserva de Kalimantan Central, na Indonésia.
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Gumert descobriu que, depois que um macho cuida de uma fêmea, as chances de ela fazer sexo com ele são cerca de três vezes maiores do que se o cuidado não tivesse ocorrido. Como com outros bens de consumo, o valor do sexo é afetado pela lei da oferta e da procura: um macho passa mais tempo cuidando de uma fêmea se há poucas fêmeas por perto.
"Quando a quantidade de fêmeas é mais alta, o macho passa menos tempo com esses cuidados. O sexo fica de fato mais barato dependendo do mercado", diz Gumert.
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