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12/07/2008

Cães são vítimas de armadilhas de caça no Alasca

O cão André, que perdeu as duas patas ao ficar preso numa armadilha. (Foto: AP)




André é um cachorro que tem apenas duas patas. No último inverno ele foi salvo quando uma mulher notou que o animal estava perdendo sangue ao atravessar uma estrada, no Alasca. O manso vira-lata havia perdido parte de suas patas esquerdas depois de cair numa armadilha de caçadores.

Agora, o cão se tornou um símbolo da campanha contra as armadilhas para capturar animais, bastante comuns no Alasca e que muitas vezes vitima bichos de estimação. O problema atinge principalmente os donos de cães que vivem em regiões próximas a florestas, onde os caçadores deixam suas armadilhas.

O drama vivido por cães como André não é novo. A tensão entre os donos de animais domésticos e os caçadores no Alasca existe há décadas, como explica Cliff Judkins, presidente da entidade “Alaska Board of Game”.
“Eu não conheço uma solução a longo prazo para este problema. Nossa entidade tenta conciliar os dois grupos”, diz ele. “Esse drama existirá por um longo tempo”.
Karen Mcnaught, de Palmer, socorreu o cão André que hoje leva uma vida saudável, embora no início ela não acreditasse que isso fosse possível. "Nunca havia visto um cão com as pernas cortadas daquela forma”, conta Karen. “Os ossos estavam expostos, foi horrível”.


Agora, André se esforça para andar e dá saltos durante seus percursos em volta do jardim. Quando está cansado, ele se apóia pela casa ou na cerca do jardim. O plano de Karen é comprar próteses para ajudar o animal.


Próteses
Bo Diddley é um cão de sorte. Sua dona, Merle Jean Muller, de 52 anos, o encontrou preso numa armadilha e conseguiu resgatá-lo. O animal estava próximo de uma trilha na área de Palmer, que vem crescendo muito.
Merle Karen tirou a armadilha do local e no lugar deixou um recado malcriado. Depois, reportou o incidente à Comissão de Jogos e Pesca do Alasca e está organizando um abaixo-assinado contra as armadilhas na vizinhança.


A entidade “Alaska Board of Game” ouviu muitos das queixas dos caçadores no último ano depois da aprovação da lei exigindo restrições a armadilhas existentes em 50 pontos no parque estadual Chugach.
“A direção do parque está propondo a aprovação do projeto para que 100 áreas sejam protegidas em cada lado das trilhas, proibindo armadilhas a meia milha de florestas”, diz o chefe da guarda-florestal Mat Wedking. “As restrições são necessárias para garantir a segurança do público”, diz ele.


A Associação dos Caçadores do Alasca produziu um vídeo há poucos anos para ajudar a população a identificar locais onde há armadilhas e os ipos de arsenal para capturar animais e assim, manter seus cães a salvo.

“Há donos de animais irresponsáveis e há caçadores irresponsáveis”, diz Randy Zarnke, presidente da Associação dos Caçadores do Alasca. “Cães que não são controlados por seus donos sofrem acidentes. É fácil só ficar criticando os caçadores, mas os donos destes animais também têm sua parcela de culpa”.
Zarnke afirma que os caçadores e os donos de animais precisam chegar a um senso comum. A associação não quer aceitar uma medida regulatória restringindo onde poder colocar armadilhas, porque isso pode apenas encourajar as entidades a fazer mais exigências contra a prática da caça.
G1

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