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17/02/2009
Após operação, cão Bob é recebido com festa em Campinas
Uma semana após ter passado por uma cirurgia de castração que possibilitou a sua permanência no local em que mora há nove anos, o cão Bob voltou à Praça Santa Cruz, em Campinas, a 93 km de São Paulo. O cachorrinho vira-lata ficou conhecido depois que a prefeitura da cidade informou aos taxistas do ponto na praça - os donos dele - que o animal teria que deixar o local. Na manhã desta terça-feira (17), Bob recebeu alta e pode voltar à praça no Bairro do Cambuí.
Ele estava em repouso desde o dia 9, quando foi submetido à cirurgia. No local, foi organizada uma festa de recepção ao bichinho com direito a banda, faixas com dizeres de boas-vindas e diversos presentes. “Ele ganhou de um pet shop daqui da cidade um cartão vitalício que dá direito a banho, tosa e tratamento veterinário”, disse Vicente de Carvalho e Silva, diretor da ONG União Protetora dos Animais (UPA), responsável pela operação e identificação do cachorro.
A partir de agora, Bob vai poder viver tranquilamente pela praça e, à noite, dormir no apartamento de um de seus donos, em frente ao local, como vem fazendo há três anos.
Polêmica
A polêmica em torno do cão começou no início do mês, quando a Secretaria Municipal de Saúde aplicou um auto de infração contra os taxistas por manterem o cachorro solto na praça “causando risco de agressão aos frequentadores do local”, segundo denúncias.
No mesmo documento, a secretaria dava 72 horas para que o cachorro fosse tirado da praça. Mas, no dia em que o prazo expirou, a secretaria informou que não ia mais retirá-lo porque a UPA havia entrado na prefeitura com um pedido de adoção em nome dos taxistas.
Quando a secretaria entrou com o auto, os taxistas se mobilizaram e conseguiram a atenção dos moradores e da imprensa. Na época, o taxista Antonio José dos Reis, que há 16 anos trabalha no ponto, disse que o cãozinho só latia quando se assustava. "Às vezes ele está aqui sentado quietinho, alguém vê e vem pegar nele. Ele se assusta, late. Mas ele nunca mordeu ninguém que eu tenha visto.”
Colega de Antonio e há 30 anos trabalhando no Ponto Santa Cruz, o taxista Cassiano Arruda endossou a afirmação do amigo. “O Bob veio parar aqui há muito tempo. Ele chegou acompanhando um carrinho de reciclagem.
Era um filhote ainda. Chegou com as patas todas feridas e nós cuidamos dele", disse. "Ele foi ficando. As pessoas passavam, viam e traziam comida. Hoje, ele tem um fã-clube de cerca de cem pessoas que vêm aqui na praça só por causa dele. Trazem cobertor, biscoitinho, levam para o pet shop. Todo mundo ama ele”, contou.
G1-Ediçao São Paulo
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