Morra de inveja, Keanu Reeves: na vida real, as lagartixas protagonizam truques acrobáticos dignos da série "Matrix", revela uma nova pesquisa. Biólogos da Universidade da Califórnia em Berkeley induziram os pequenos répteis a cair de ponta-cabeça e, em todas as ocasiões, os bichos conseguiram mudar de posição em pleno ar e cair de pé, usando suas caudas como uma espécie de leme.
A análise do comportamento quase "felino" das lagartixas-de-cauda-achatada (Cosymbotus platyurus) foi feita por Ardian Jusufi e seus colegas do Departamento de Biologia Integrativa da universidade americana. Em artigo na revista científica "PNAS", Jusufi e companhia especulam que os dados podem ser úteis na criação de aeronaves "imunes a quedas" ou de robôs escaladores capazes de se virar em qualquer superfície, por mais ensaboada que seja.
Segredos de um escalador
Não é novidade para ninguém que as lagartixas fazem misérias subindo uma parede na vertical. Os cientistas tendiam a achar que o segredo dos bichos era a presença de microadesivos em suas patinhas, os quais usam forças de interação molecular para manter os répteis grudados numa determinada superfície.
A equipe de Berkeley, no entanto, suspeitava que parte dessa mágica vinha da cauda dos animais. Para verificar isso, eles criaram verdadeiras "pistas de obstáculos" na vertical -- basicamente superfícies fáceis de escalar as quais tinham, em determinados trechos, um pedaço escorregadio.
Para começar, eles verificaram que, quando o caminho ficava mais escorregadio, as lagartixas dobravam a cauda e a fincavam contra a parede, mais ou menos como os pezinhos de uma bicicleta ajudam a mantê-la ereta quando a pessoa não a está pedalando. O momento mais surpreendente, no entanto, veio quando eles colocaram os bichos de cabeça para baixo numa plataforma que imitava a parte de baixo de uma folha de árvore.
Quando finalmente perdia a aderência nessa superfície, a lagartixa começava a cair, com as costas voltadas para o chão. No meio desse processo, no entanto, o rabo do bicho começava a girar no sentido anti-horário, forçando o corpo dele a girar no sentido oposto. Em apenas um décimo de segundo, a lagartixa estava com a barriga para baixo -- na posição correta, portanto -- e a cauda parava de girar, deixando-a pronta para uma aterrissagem segura.
Os pesquisadores calculam que a pirueta é a mais ágil entre todos os animais não-voadores -- é quase como se as lagartixas fossem pára-quedistas natas.
A análise do comportamento quase "felino" das lagartixas-de-cauda-achatada (Cosymbotus platyurus) foi feita por Ardian Jusufi e seus colegas do Departamento de Biologia Integrativa da universidade americana. Em artigo na revista científica "PNAS", Jusufi e companhia especulam que os dados podem ser úteis na criação de aeronaves "imunes a quedas" ou de robôs escaladores capazes de se virar em qualquer superfície, por mais ensaboada que seja.
Segredos de um escalador
Não é novidade para ninguém que as lagartixas fazem misérias subindo uma parede na vertical. Os cientistas tendiam a achar que o segredo dos bichos era a presença de microadesivos em suas patinhas, os quais usam forças de interação molecular para manter os répteis grudados numa determinada superfície.
A equipe de Berkeley, no entanto, suspeitava que parte dessa mágica vinha da cauda dos animais. Para verificar isso, eles criaram verdadeiras "pistas de obstáculos" na vertical -- basicamente superfícies fáceis de escalar as quais tinham, em determinados trechos, um pedaço escorregadio.
Para começar, eles verificaram que, quando o caminho ficava mais escorregadio, as lagartixas dobravam a cauda e a fincavam contra a parede, mais ou menos como os pezinhos de uma bicicleta ajudam a mantê-la ereta quando a pessoa não a está pedalando. O momento mais surpreendente, no entanto, veio quando eles colocaram os bichos de cabeça para baixo numa plataforma que imitava a parte de baixo de uma folha de árvore.
Quando finalmente perdia a aderência nessa superfície, a lagartixa começava a cair, com as costas voltadas para o chão. No meio desse processo, no entanto, o rabo do bicho começava a girar no sentido anti-horário, forçando o corpo dele a girar no sentido oposto. Em apenas um décimo de segundo, a lagartixa estava com a barriga para baixo -- na posição correta, portanto -- e a cauda parava de girar, deixando-a pronta para uma aterrissagem segura.
Os pesquisadores calculam que a pirueta é a mais ágil entre todos os animais não-voadores -- é quase como se as lagartixas fossem pára-quedistas natas.
do G1
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