Quem é louco por cachorro gosta de fazer tudo ao lado do melhor amigo - o que nem sempre é possível, já que muitos lugares não permitem a presença dos bichinhos. Mas aqueles que gostam de malhar podem contar com a companhia de seus cães para praticar exercícios. Existe um esporte voltado para cães que deve ser feito junto com o dono: o agility.
O esporte foi criado há 30 anos, inspirado no hipismo, e começou a ser praticado há 10 anos no Brasil. De acordo com dados da Comissão Brasileira de Agility (CBA), existem cerca de 400 duplas competidoras no país. Comparado a outros países, esse número de praticantes é modesto.
“Na Finlândia, o agility é considerado o segundo esporte mais popular do país. Os Estados Unidos têm transmissão dos campeonatos na TV. Na França, são oito mil competidores”, diz Fernando Leibel, coordenador geral da CBA.
Esporte
No agility, o cachorro tem que percorrer um circuito de obstáculos, que exige força, equilíbrio e muita agilidade. Tudo é acompanhado pelo dono, chamado “condutor”. No final, vence o cão que completar o percurso sem cometer faltas e no menor tempo.
A partir dos dois meses, os cães podem começar a praticar o agility, e com um ano, o animal já está pronto fisicamente para aprender todos os exercícios do circuito, inclusive os saltos. Mas assim como os donos fazem avaliação física, antes de começar a treinar, é aconselhável levar o bichinho a um veterinário.
“O agility é legal porque é uma forma de praticar esporte com o cão. É uma ligação a mais na relação com o animal, além de ajudar a prevenir doenças cardíacas e outros problemas provocados pelo sedentarismo”, afirma o veterinário José Luiz Filho, que é técnico da seleção brasileira de agility e responsável pela área técnica da CBA.
Caso o cão se torne um “atleta profissional”, ele vai competir em categorias que levam em conta seu tamanho e sua habilidade. Antes das provas oficiais, que aceitam animais a partir dos 18 meses, ele pode participar dos campeonatos para iniciantes e veteranos. “O importante não é só a habilidade, mas também a velocidade.
A dupla tem que fazer tudo muito bem e rápido. Hoje em dia tem muita gente boa”, diz Dan Wrobleswski, veterinário e árbitro de agility da CBA. “Claro que, para brincar, ninguém treina com o cronômetro. Para começar, o importante é conduzir bem os cães.” “Não há uma idade para parar, mas o esporte tem que ser prazeroso para o cão.
Quando já começa a ter dificuldade para o salto ou já não gosta mais, é hora de deixar de lado alguns exercícios e só continuar fazendo por diversão”, diz Luiz Filho.
Assim como não há limites para cães, condutores de qualquer idade podem praticar o esporte. “Para as crianças, é muito saudável. É interessante, pois exige determinação das crianças, que têm de fazer um esforço para cumprir os objetivos”, diz Leibel.
Cães sociáveis
O adestramento pode ser feito junto com o treinamento do circuito e mesmo os cães mais velhos podem aprender os comandos. De acordo com a CBA, o agility pode contribuir para tornar o cão mais sociável e calmo. “Os cães têm energia para gastar e o esporte ajuda a liberar essa energia.
Tem bicho que destrói tudo em casa e depois, quando começa a fazer agility, consegue liberar essa energia. É uma forma de manter o bicho mais controlado, porque ele tem que respeitar o condutor”, diz Leibel. Entre as raças que são destaque no esporte estão border collie, poodle, schnauzer, golden retriever, labrador, jack russel e pastor malinóis.
Campeonato Brasileiro
O Campeonato Brasileiro de Agility acontece neste sábado (15) e domingo (16), das 10h às 17h, no Centro de Convenções Imigrantes (Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5), em São Paulo.
O evento é aberto ao público e a entrada é gratuita. O estacionamento custa R$ 18.
Para saber onde praticar agility, consulte o site da CBA, clique aqui
do G1
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