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26/06/2008

Laika, a cadela astronauta


No período conhecido como “Guerra Fria”, quando Estados Unidos e União Soviética disputavam a hegemonia mundial, uma cadela ganhou as manchetes dos jornais como o primeiro ser vivo a ir ao espaço.
Era final da década de 50 e os soviéticos estavam em vantagem. A União Soviética já havia lançado o satélite Sputnik I, o primeiro objeto artificial a entrar em órbita da Terra, e um mês depois, em 3 de novembro de 1957, estava lançando o Sputnik II.
Enquanto o primeiro era uma esfera de metal pesando 83 quilos, o segundo pesava 508 quilos e era tripulado por Kudryavka, que, até pela dificuldade de se propagandear tal nome, foi rebatizada Laika, nome que seria de sua raça, a Laika Siberiana.
Sobre esse detalhe há controvérsias, pois há registros que Laika, ou Kudryavka, era um cão mestiço com traços de Fox Paulistinha, o Terrier Brasileiro, e que teria sido capturada nas ruas de Moscou antes de ser enviada ao espaço... Parece difícil, pois foi noticiado na oportunidade que vários cães haviam sido testados e o que se mostrou mais preparado foi a simpática Laika. Estava-se no auge da Guerra Fria, época de muita espionagem e contra-espionagem.
Por isso, o feito foi alardeado pela União Soviética como um grande sucesso. E, até pelo estágio das viagens espaciais, com certeza foi. Contudo, não foi exatamente com os soviéticos divulgaram na ocasião, de que, por exemplo, Laika teria morrido depois de quatro dias no espaço, ou até uma semana, quando o foguete parou de enviar sinais à Terra. E sem sofrer trauma.
Mentira, pois informações divulgadas em outubro de 2002 – portanto, 45 anos depois – revelaram que a cadela morreu entre cinco e sete horas depois do lançamento. A nova versão foi dada por Dimitri Malashenkov, do Instituto de Biomedicina de Moscou, durante um Congresso Mundial Espacial, nos Estados Unidos.
Ele participou do programa espacial soviético e contou que os sensores colocados no corpo de Laika registraram que seus batimentos cardíacos durante o lançamento chegaram ao triplo do normal.
Para lhe garantir oxigênio, havia um sistema de sucção de gás carbônico a bordo e geração de oxigênio. Mas nada disso adiantou e Laika morreu, provavelmente vítima do estresse sofrido e o superaquecimento provocado pelo precário sistema de controle térmico da nave.
Apesar do acidente, a pioneira demonstrou que seria possível para um animal suportar as condições da gravidade zero, o que possibilitou a ampliação das pesquisas para os vôos tripulados por seres humanos. O que tornou-se realidade no dia 12 de abril de 1961, aliás, com o vôo do soviético Yuri Gagarin.
fonte: internet

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