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26/07/2010

Tripoli e UIPA pleiteam encoleiramento de cães para conter Leishmaniose

Deputado: medida preventiva será solicitada ao Ministério da Saúde
 
Com o apoio do deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB), a UIPA (União Internacional Protetora dos Animais) pretende pleitear, em audiência no Ministério da Saúde, a inclusão do encoleiramento de cães no Programa de Controle da Leishmaniose Visceral, como medida preventiva. Essa zoonose atingiu quase todo o país, fazendo vítimas entre humanos e animais. E os cães vêm sofrendo extremamente, pois o foco principal das ações de controle é a eliminação em massa de centenas de milhares desses animais, medida que não vem contendo a expansão da doença.

Em maio de 2010, a UIPA protocolou representação no Ministério Público Federal solicitando providências contra a eliminação em massa de cães como medida de controle da Leishmaniose Visceral, além da implantação de ações eficazes de prevenção da doença. "No caso dos cães, a medida preventiva tida como eficaz por estudos técnicos é o encoleiramento em massa, com a coleira Scalibor, impregnada com deltametrina a 4% e a única disponível no País. Decerto que o encoleiramento importa em gastos bem menores do que os empregados com a matança, que é cruel, além de dispendiosa para os cofres públicos", afirma Vanice Orlandi, advogada e presidente da UIPA.

O deputado Tripoli lembra que a eliminação sistemática de cães não tem sido capaz de conter o avanço da doença. "A pouca eficácia das atuais medidas preventivas à Leishmaniose está prejudicando e matando não somente animais, mas os humanos em todo o País. Não se justifica continuar fazendo o que comprovadamente é caro, ineficaz e cruel. Vamos lutar, ao lado da UIPA e de todas as outras ONGs que defendem e protegem os animais, para sensibilizar o governo e pedir medidas mais eficazes, que atinjam todos os estados onde existam áreas endêmicas; medidas que não incluam a dor e o sofrimento, nem animal, nem humano", garante o parlamentar ambientalista.

A Portaria 1.426/2008, do Ministério da Saúde, proíbe o tratamento de cães infectados com medicamentos humanos, o que vem impossibilitando os cuidados com os animais, pois não existem medicamentos veterinários regularmente registrados no Brasil, que viabilizem o tratamento da Leishmaniose canina. Assim, em curto prazo, a principal medida para conter a matança é a prevenção com o encoleiramento. Até mesmo para se discutir a possibilidade da vacinação em massa dos cães, é recomendado evitar que eles sejam contaminados.

ENCOLEIRAR, PRIMEIRO PASSO

Assim, tendo em vista que o poder de infectar os flebótomos (insetos vetores da doença) pode persistir no animal tratado, que deve ser acompanhado pelo resto da vida, o encoleiramento permitiria pleitear a liberação do tratamento. O tratamento do cão elimina os sintomas da doença, que trazem sofrimento ao animal, mas não a leishmania, que persiste no organismo, por isso é importante que ele não volte a ser picado. "A coleira ? observa Orlandi - evita a aproximação dos insetos; e sem ser picado, o cão não transmite a infecção".

A coleira Scalibor, conforme estudos científicos levantados pela UIPA, não só repele, mas mata o mosquito palha, transmissor da Leishmaniose. O encoleiramento em grande escala produziria o denominado "efeito rebanho", que é a extensão de efeito protetor também aos não encoleirados, reduzindo-se a força de infecção pela barreira imposta pela coleira. "O encoleiramento em massa ainda pode reduzir a pulverização de inseticidas, prejudiciais ao meio ambiente, conforme novos estudos já encaminhados por mim para o Ministério Público Federal, em complementação à peça inicial da representação da UIPA", explica Vanice Orlandi.


Fonte: Assessoria do deputado
http://www.tripoli.com.br

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