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28/05/2008

Animais de estimação podem se adaptar bem à falta do dono

Toca o telefone em Itapetininga (163 km a oeste de SP). A primeira coisa que a produtora de eventos Mariana Palezi, 31, pergunta à mãe depois de ouvir o alô é se os cachorros estão bem. E a mãe reclama. Diz que ela gosta mais dos bichos do que dos pais. "Vira e mexe vocês estão aqui em São Paulo. Mas os meus cachorros não", responde a filha.

Faz dez anos que Mariana veio para a capital e ainda não superou o afastamento dos pets. Ela tem fotos dos cinco cachorros atuais --três fox paulistinha, um weimaraner e um SRD, além dos que já morreram-- espalhadas no site de relacionamentos Orkut e em um mural no seu quarto. Não raro, ela se pega chorando de saudade. No último Dia das Mães, a produtora recusou a carona de um primo só para passar alguns minutos com os animais de estimação. "Fazia três meses que não os via. Eu não agüento."

No caso da química Raquel Vichesi, 23, bateu também um pouco de culpa. Ela resolveu adotar a gata Alessandra quando a bichana fez da casa da família, em Santo André, seu restaurante preferido. Convenceu os pais, que nunca tinham tido pets em casa, a pagarem uma cirurgia de bacia, no dia em que a gata apareceu desconjuntada, e assim ela conquistou seu lugar.

Desde que saiu de casa para estudar, em 2003, Raquel, que hoje mora em Curitiba (PR), se sente mal por não estar mais por perto. "Quando a vejo, falo sempre que não vou abandoná-la. Às vezes, acordo à noite com a sensação de que ela está enrolada nos meus pés", conta ela, que não quer arrumar outro gatinho para que Alê, como é carinhosamente chamada a gata, não sinta ciúmes.

Raquel diz que a gata também sentiu falta dela, em especial no começo da separação. Alê não comia. Ficou amuada por alguns dias, mas depois se habituou à ausência da dona. Hoje, quando Raquel sai da casa dos pais para voltar ao Paraná, sua mãe coloca uma peça de roupa da filha em cima da cama para que a gata sinta seu cheiro e se tranqüilize.

Relação de cumplicidade
Segundo Mauro Lantzman, veterinário especialista em comportamento animal, os bichos também sofrem pela separação, mas, em geral, têm uma capacidade grande de se adaptar a novas situações. Eles até podem entrar em depressão, mas isso é raro. "Recomendo procurar ajuda se os sintomas como parar de comer, de brincar e passear não se restabelecerem depois de dois ou três dias."

Para César Ades, psicólogo especialista em comportamento animal e professor da USP, não há nada de errado em ter todo esse apego aos animais, desde que eles sejam tratados como tal e não como crianças ou gente. "No caso dos cães, que foram domesticados e convivem com o ser humano há cerca de 12 mil anos, é natural que exista muita cumplicidade." São duas espécies diferentes que se entendem e descobriram as delícias da convivência.

Foi essa relação entre os humanos e os animais que fez com que o atuário Luís Vidal, 29, e a bancária Fernanda Camargo Vidal, 33, achassem mais justo deixar os bichos com as respectivas famílias quando se casaram, há cerca de um ano e meio. "Tomamos a vida nova como nova mesmo. E isso implicava deixar os cachorros com nossos pais, que também são donos deles", explica Luís.

O que ele mais sente falta é da festa que Ralf, um dachshund de 13 anos, fazia sempre que ele acordava. Os dois sempre foram apegados. O cão não saía de perto do dono da hora em que ele acordava até o momento em que ia trabalhar.
Luís conta que preferiu não colocar muitas fotos do pet pela casa, mas que sua mulher tem algumas de Minie e Laika, as duas poodles que ficaram com os pais da moça.

"Já pensamos em ter um novo cachorrinho, mas moramos em apartamento. Ele ficaria o dia todo sozinho. Não é muito legal", diz Luís. A solução foi pegar os cães emprestados de vez em quando. Tanto ele quanto Fernanda levam Ralf, Minie e Laika para passar fins de semana ou um sábado inteiro no novo lar. O duro é convencer os pais a ficar uns dias sem os bichinhos.

CÍNTIA MARCUCCI
da Revista Folha

Donos fazem "peregrinação" para tratamento de doenças raras em pets

Joy, 13, dachshund diagnosticada com insuficiência cardíaca e renal, faz seu tratamento utilizando medicação humana.


Quando o resultado dos exames apontaram que a pinscher Piti, 8, estava com lúpus eritematoso, a dentista Fernanda Souza, 25, sentiu alívio. Depois de seis meses de tratamentos ineficazes, o diagnóstico correto parecia a solução do problema. Fernanda não podia adivinhar a jornada que enfrentaria. A certeza que a doença estava longe do fim só aconteceu no dia seguinte, quando ela descobriu que o remédio para tratá-la era ainda mais raro.



A dosagem adequada ao peso de 1,6 kg da pinscher era dez vezes menor que o medicamento encontrado no mercado. "Nenhuma farmácia de manipulação aceitava fazer o remédio. Eles não tinham o produto", lembra. Piti sofria com dores nas articulações. Esse é um dos sintomas da doença auto-imune, na qual uma falha no sistema imunológico produz células que atacam o próprio organismo.



Fernanda chegou a ser aconselhada por um veterinário a sacrificar o animal. Ela viveu quatro semanas de angústia até que surgiu uma luz no fim do túnel. Depois de pesquisar 26 farmácias em dois Estados (São Paulo e Rio), um laboratório aceitou remanipular o medicamento tradicional de acordo com as necessidades da cachorrinha. "A sensação de impotência diante do sofrimento do animal é a pior parte", diz. Com o auxílio do medicamento, os sintomas de Piti mostram retrocesso.



Patologias raras, diagnósticos complexos e tratamentos difíceis testam a resistência dos animais e desafiam veterinários. Sem opção, os donos precisam de paciência e coragem para buscar alternativas. Essa foi a conclusão da assessora pedagógica Joana Borrelli Cordeiro, dona de Joy, uma dachshund de 13 anos, diagnosticada com insuficiências cardíaca e renal raras.





O coração de Joy estava controlado com a ajuda de remédios quando ela se mostrou cansada e sem apetite. "O veterinário disse que era idade", conta Joana. Como o desânimo só aumentava, ela resolveu tentar uma segunda opinião. Na consulta, constataram alteração na pressão arterial. Novo medicamento foi receitado. A cachorra passou a viver alguns dias bons e outros ruins.
A insuficiência parecia estar novamente sob controle.





Mas Joy teve convulsão e sangramento nasal, resultado de uma crise de hipertensão. Os exames mostraram que o corpo estava sobrecarregado pelos remédios. "Dei carta branca para que fizessem o necessário", lembra. Internada há duas semanas, a cadela está sendo tratada com medicação humana. A análise laboratorial é feita pelo Instituto do Coração (InCor) em um trabalho pioneiro com os veterinários do Hospital Sena Madureira.



"A medicação nunca havia sido usada em animais", explica o veterinário e diretor do hospital, Mário Marcondes. A ousadia está dando resultado. Coração e pressão arterial foram estabilizados. Falta normalizar o funcionamento dos rins. Se o sucesso se confirmar, um novo padrão para tratamento de animais com doenças cardíacas poderá ser estabelecido. Joana torce para que a novidade seja popularizada. "Pode ajudar outros na mesma situação."



Não é o que parece
Falta de apetite, coceira e desânimo podem ser mais do que aparentam. Donos devem ficar atentos para o comportamento e a rotina do animal antes, durante e depois de qualquer tratamento, pois alterações nos hábitos de alimentação e higiene podem significar complicações.
"A perda do apetite normalmente está ligada a problemas primários sérios", afirma a professora Maria Helena Larson, da USP.



Em outubro do ano passado, a cadela SRD Minnie, 3, começou a lamber a pata sem parar. A dona de casa Tamoto Akemura, 44, sabia que havia algo errado com o animal e procurou ajuda. Primeiro diagnóstico: alergia. Tratamento indicado: sabonete. Não resolveu.
Outras receitas vieram. Todas sem resultado. "Depois de uma melhora curta, a doença voltava", conta Tamoto. O pêlo caiu, apareceram úlceras na pele e uma coceira contínua incomodava o bicho. A dona procurou outro veterinário.



O susto foi grande quando ela descobriu, seis meses depois, que a cadela sofria de pênfigo foliáceo. A patologia é semelhante ao lúpus e também não tem cura. "Parece uma alergia e pode ser confundido com outras doenças", exemplifica a veterinária Ana Luisa Mazorra.
O alívio chegou com a melhora dos sintomas. "Com a medicação, os banhos controlados e a ração especial para pele, a Minnie melhorou muito", comemora Tamoto.



Mesmo que à primeira vista o caso pareça simples, a luta contra essas doenças exige duros sacrifícios. Não só para os bichos. Mas principalmente para os donos.

FLÁVIA GIANINI
da Revista Folha

26/05/2008

Gata que tirou ferrovia do prejuízo ganha novo escritório


Tama foi contratada e, dois anos depois, o número de passageiros cresceu 17% (Foto: Toru Yamanaka)
Em tempos difíceis, os japoneses costumam dizer que vão pedir ajuda aos gatos. Uma companhia ferroviária, a Wakayama Electric Railway, levou o ditado ao pé da letra. Depois de acumular prejuízos, mandou todo mundo embora, automatizou a linha e, em janeiro de 2007, promoveu oficialmente um gato - ou, melhor, uma gata - a "chefe de estação".
Filha de um gato de rua, Tama nasceu e cresceu nos arredores da estação Kishi, uma das dez estações da linha Kishigawa. Ela foi adotada por Toshiko Koyama, dona de uma mercearia vizinha. Quando assumiu o posto, com uniforme e tudo, tinha 7 anos. Sua nomeação teve efeito imediato. O número de passageiros cresceu 17%. Hoje a linha tem mais de 2 milhões de novos usuários. "Tama é a única no cargo de chefe de estação desde que tivemos que reduzir os custos com pessoal", declarou Keiko Yamaki, porta-voz da Wakayama Electric. "Ela está nos trazendo sorte."

A aprendiz
Feliz com o desempenho da bichana, a companhia decidiu promovê-la em janeiro deste ano a "superchefe de estaçâo", transformando-a na "única fêmea em posição gerencial" na empresa. "Agora ela tem o quinto cargo mais importante da companhia", diz Yamaki.

Como prêmio, Tama ganhou um novo escritório - uma antiga bilheteria reformada - inaugurado em abril com a presença do prefeito e do presidente da Wakayama. Tama é pontual e educada. Ela se recusa a fazer as necessidades quando alguém está olhando. Por isso, agora ela tem um banheiro privativo.
E quando é hora de pegar no batente, às 9 da manhã, a comerciante Toshiko diz: "Senhora chefe, é hora de trabalhar". Tama se levanta e vai para a estação. Ela está escalada para participar de um documentário francês sobre gatos fantásticos ao redor do mundo. Apesar de sua importância e profissionalismo, Tama recebe apenas comida como pagamento.
do G1

21/05/2008

Software adotado em prisões de Israel 'traduz' latido de cachorros


Prisões de Israel adotaram um programa de computador que ajuda os funcionários a interpretar os latidos de cachorro: com esse software, é possível saber se aqueles latidos são alertas para a fuga de detentos, por exemplo.
Segundo Noam Tavor, responsável pelo canil das prisões de Israel, o programa foi desenvolvido para evitar erros, como quando os guardas ignoram o alerta dos cães. “Os sons são capturados por microfones e o software classifica os latidos.
São considerados apenas aqueles que tenham alguma importância em termos de segurança”, disse Tayor, explicando que os latidos revelam o estresse e agressividade dos animais.
Quando recebem esses alertas via alto-falantes, os guardas podem usar o sistema de segurança para dar zoom nas imagens das regiões onde há movimentação suspeita. Por conta do faro e audição aguçados, os cachorros conseguem identificar pessoas suspeitas antes de elas incidentalmente ativarem algum alarme de segurança, afirmou Tayor.
Há muitos anos as prisões de Israel usam cães para patrulhar, mas essa prática apresenta alguns problemas. “Os cachorros latiam e os guardas não ouviam, ou quando ouviam demoravam muito para agir”, contou o especialista.
O especialista também afirmou que, muitas vezes, os funcionários ignoravam o alerta dos animais, pensando que não era nada sério. Há seis anos, o serviço responsável pelos centros de detenção de Israel se juntou à empresa de alta tecnologia Bio-Sense, de Tel Aviv, para criar esse sistema que “traduz” o latido dos cães.
A companhia gravou latidos nas mais diferentes situações – brincadeiras, encontros com gatos e verdadeiras emergências, por exemplo. As milhares de gravações foram então colocadas em um programa para determinar o que faz o latido de emergência ser diferente dos demais.
Um desses fatores, explicou o gerente de produtos Orit Netz é o nível de estresse do cachorro.
O primeiro sistema foi adotado em 2005 e, desde então, três outras prisões de Israel instalaram esse “tradutor”. A empresa tem mais de cem clientes em Israel, incluindo fazendeiros que precisam de proteção contra ladrões.

do G1

15/05/2008

Conheça os favoritos na eleição do cão mais feio do mundo

Squiggy: herói em Rhode Island.

Elwood, campeão em 2007.

Pee Wee Martini: filho do lendário Sam
Já é possível votar, pela internet, no concurso que elegerá o cão mais feio do mundo em 2008. O vencedor da vigésima edição do concurso ganha US$ 1 mil e um troféu. No site oficial da competição é possível ler uma breve biografia dos candidatos e escolher um "campeão". O resultado sai dia 20 de junho, durante a feira Sonoma-Marin, que acontece de 18 a 22 de junho em Petaluma, na Califórnia.

São 16 competidores, mas de acordo com a contagem dos votos pela internet, três cães lideram a disputa. Conheça os favoritos ao título de cão mais feio do mundo:


'Moicano'
Squiggy, um vira-lata morador do pequeno estado americano de Rhode Island, tem como principais 'atrativos' seu pelo estilo 'moicano' e sua língua, constantemente dobrada sobre o focinho.

Nascido em um abrigo para animais abandonados em 2006, ele foi adotado por sua família atual quando tinha apenas 6 semanas de idade. Estrela da TV local em Rhode Island, Squiggy já foi tema de documentário do Animal Planet, e tem seu próprio site na internet: www.squiggydog.com.


Atual campeão
Elwood, morador de Sewell, em Nova Jersey, é o atual detentor do título de cão mais feio do mundo. Desde que venceu o torneio em 2007, o cachorro virou símbolo de uma campanha para a adoção de animais sem lar. Pela internet, sua dona arrecadou mais de US$ 10 mil para lares especiais para cães abandonados em Nova Jersey.
Karen Quigley salvou Elwood, uma mistura das raças Cristado Chinês e Chihuahua, da 'eutanásia'. Seu primeiro dono, ao ver que o bichinho era feio, quase mandou sacrificar o animal por achar que ninguém iria querer ficar com ele. A dona aposta no segundo título de 'E.T' ou 'Yoda', os apelidos do cãozinho. Ela acredita que Elwood tem condições de desbancar o 'lendário' Sam, tricampeão da competição e morto em 2005. Para ver mais fotos, confira o site de Elwood no endereço www.everybodyloveselwood.com.


Filho da lenda
Pee Wee Martini tem pedigree, e por isso desponta como entre os favoritos a conquistar a coroa de mais feio em 2008. O cão é filho de Sam, o maior vencedor da história da competição. Sua mãe, Zippy, também já participou de concursos graças a sua feiura. Em 2007, Pee Wee, que é da raça Cristado Chinês, ficou em 2º lugar no concurso. A tática para vencer este ano? Kelly Smith, dona do animal, preparou forte campanha para angariar votos pela internet. Pee Wee ganhou galeria de fotos, blog e até página na rede social MySpace.

do G1

08/05/2008

Cão em casa pode inibir alergias em crianças, diz estudo

Cientistas descobriram que o melhor amigo do homem é também a melhor companhia para as crianças, já que a convivência com cachorros durante a infância pode ajudar no desenvolvimento do sistema imunológico contra asma e alergias.

Joachim Heinrich, do Instituto de Epidemiologia do Heimholtz Centre, em Munique, Alemanha, coordenou uma pesquisa com mais de 3.000 crianças, que foram monitoradas de perto desde o nascimento até os seis anos de idade.

Exames de sangue mostraram que crianças que convivem com cachorros dentro de casa apresentavam menos risco de desenvolver sensibilidade a pólen, poeira e outros agentes alergênicos inaláveis --que costumam servir de gatilho para asma, rinite alérgica, eczemas e espirros-- do que crianças sem cães.

Heinrich diz acreditar que a exposição, na infância, aos germes introduzidos no ambiente doméstico pela pelagem dos cachorros pode estimular o amadurecimento do sistema imunológico. Em outras palavras, as defesas do corpo não iniciam um processo alérgico se forem expostas a poeira, pólen e outros gatilhos.

No entanto, os benefícios registrados em relação aos anticorpos das crianças menores não aparecem em termos de sintomas, segundo a pesquisa.
Crianças pequenas com cães em casa se mostraram tão suscetíveis à asma e a outros problemas quanto crianças sem cachorros.

"Ainda não ficou claro por que isso acontece", disse Heinrich à AFP, afirmando que a razão poderia estar relacionada ao fato de que os benefícios protetores podem aparecer somente quando as crianças estão mais velhas. Outros avanços aparecerão quando elas completarem dez anos.

O estudo foi publicado no "European Respiratory Journal", da Sociedade Respiratória Européia.
Mais pesquisas serão necessárias para entender a razão aparente de os cachorros proporcionarem essa proteção às crianças antes que a presença dos animais seja recomendada formalmente, disse Heinrich.

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